O estudo inicialmente tinha como objetivo identificar todas as casas receptoras de mel de abelha e entrepostos dos territórios do Rio Grande do Norte, evidenciando sua estrutura organizacional, contudo, em decorrência da pandemia não foi possível ir a campo para coletar os dados e, nesse sentido, o estudo foi redirecionado para identificar a percepção dos especialistas sobre a dinâmica da cadeia do mel considerando o papel dos agricultores familiares em relação aos demais agentes que interagem nesse processo. Utilizou-se de método qualitativo. A seleção dos sujeitos foi baseada na abordagem “bola de neve” (snowball sample). Participaram da pesquisa seis especialistas, sendo quatro acadêmicos e dois especialistas da Associação de Apicultores do Rio Grande do Norte. Seguindo essa abordagem de seleção de sujeitos, com relação ao primeiro grupo de especialistas acadêmicos as entrevistas seguiram até o momento que os dados se tornaram homogêneos. No segundo grupo não houve tempo suficiente para alcançar a saturação dos dados. As entrevistas foram realizadas virtualmente ou encaminhadas as questões por e-mail. O relato dos especialistas sugere que a atualização de informações e conhecimento são decorrentes dos processos de cooperação. Os agricultores buscam obter melhorias em relação da gestão do negócio por meio do SEBRAE, considerando que tais treinamentos melhoram a viabilidade do negócio. Contudo no que diz respeito a estrutura de governança os especialistas afirmam que a competitividade do mel esta? relacionada a? melhoria na coordenação dos participantes da cadeia, ou seja, entre os apicultores e os demais agentes. A falta de um comportamento comum, como a diversidade de relacionamentos horizontais exibida pelos participantes da cadeia api?cola do Rio Grande do Norte, parece ser uma causa relacionada ao problema enfrentado pelo setor. Percebe-se que houve um progresso tecnolo?gico no campo do processamento api?cola, que envolve o desenvolvimento de todos os elos da cadeia, a? medida que a organizac?a?o avanc?a ocorre um maior incentivo, citam-se aqui o aumento de cursos e treinamentos, e fornecimento de informac?o?es sobre tendências de consumo e produc?a?o, com o objetivo de fortalecer a coordenac?a?o entre os va?rios segmentos e, assim, aumentar seu poder de interac?a?o na cadeia. Enfatizou-se que a estrutura de governanc?a da agricultura familiar do RN depende do poder relativo do agente, que embora seja bastante lucrativo, a estrutura de mercado acaba implicando em particularidades dos ativos, o que afeta a interdepende?ncia dos agentes, interferindo em seu poder e afetando a estrutura de governanc?a, como nos processos de comercializac?a?o e os problemas enfrentados neste quesito. Sendo assim, mediante as análises das entrevistas, entendemos que a dina?mica de interac?a?o dos agentes, sejam eles especialistas pra?ticos ou especialistas pesquisadores, que permeiam as pra?ticas da cadeia do mel, relataram uma falta de comportamento interacional de relacionamentos horizontais entre os agentes que esta?o inseridos nesse processo de produc?a?o.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas